Indicação cinematográfica: “Uma História de Amor e Fúria”

Por Karina Ferreira Henriques | Estudante do 3º ano do Curso Técnico Integrado em Mineração (IFMG-Congonhas)

O público é levado a compreender de forma bastante ampla os principais pontos da historiografia brasileira e suas consequências para a atualidade

O filme “Uma História de Amor e Fúria” (2013) é uma obra do roteirista, produtor e diretor de cinema Luiz Bolognesi. Nela, são retratados fatos históricos vividos no Brasil desde o seu processo de colonização a partir do relato da trajetória de vida de um homem que vive no Rio de Janeiro, há mais de 600 anos, por força da obra de uma divindade indígena.

O primeiro artefato que chama atenção no filme é a questão do tempo. Embora o decurso cronológico ressalte, faz-se, ainda, mais interessante o fato de o protagonista participar diretamente de diversos acontecimentos marcantes na história da cidade e, até mesmo, do Brasil.

Dentre os acontecimentos, destacam-se o processo de colonização do país, a revolta da Balaiada na primeira metade do século, a escravização dos povos africanos, a instauração da Ditadura Militar, além de fazer uma projeção para o ano de 2096, em que é previsto que o Brasil sofrerá com grande escassez hídrica devido a problemas climáticos.

Em meio a todos esses fatos, o personagem ainda busca encontrar Janaína, seu único e eterno amor, mas, à medida que empreende tal jornada, o protagonista vai conhecendo figuras pitorescas de importantes movimentos da história brasileira, chegando a estabelecer, até mesmo, uma espécie de relação participativa, como ocorreu, por exemplo, com o movimento Revolta da Balaiada.

Como se pode perceber a partir da descrição do enredo, Bolognesi consegue atender bem ao propósito do filme, uma vez que o público é levado a compreender de forma bastante ampla os principais pontos da historiografia brasileira e suas consequências para a atualidade, tanto em relação à apreensão de determinados assuntos quanto no que diz respeito à formação sociocultural da população brasileira.

Ademais, pode-se afirmar, também, que Uma História de Amor e Fúria permite aos espectadores se inteirarem profundamente sobre a construção do Brasil, além de levá-los a apreenderem que erros do passado – tais como, preconceito étnico, governos ditatoriais e higienismo social, dentre outros – jamais poderão se repetir, além de conscientizá-los a respeito de possíveis calamidades futuras.

Vale dizer, por fim, àqueles quem desejam navegar pela história do Brasil, que essa é uma ótima indicação cinematográfica para se assistir, principalmente por sua temática, além do fato de o diretor conseguir envolver o telespectador de forma leve e, ao mesmo tempo, lúdica, a partir do recurso de animações que conseguem atingir a diversas faixas etárias e preferências de gêneros.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Hoje na história de Congonhas

Em 24/06…

24/06/1885 – Em um dia como esse nascia na “Fazenda São Simão”, localizada no Distrito do Alto Maranhão, João Batista Dias Leite. Estudou no Seminário de Congonhas do Campo durante a administração dos Padres Maristas. Trabalhou no comércio de Barbacena e Queluz de Minas (Conselheiro Lafaiete). Aos 20 anos passou a administrar a Fazenda São Simão onde realizou uma série de modificações tornando-a referência em toda região produzindo diversos produtos e gerando inúmeros postos de trabalho. Casou-se com Claudionora Maranhas Dias Leite, irmã do Cônego Dom João Muniz. Foi Juiz de Paz e Vereador pelo Distrito do Alto Maranhão na Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete na década de 1930 e Vice-Prefeito de Congonhas entre os anos de 1951 e 1955. Faleceu em 25/04/1968.

Leia mais

@hiperteianoticias