Debate sobre a prática dos rodeios no Brasil: por que o fim dos rodeios não mudaria a situação de um dos seus protagonistas?

O rodeio é hoje um esporte muito valorizado e sua realização promove um saldo positivo nos setores que trabalham direta ou indiretamente com essa prática

Por Wanderlei José Vieira – Graduando em Letras Português/Inglês IFMG-Congonhas

Sempre vemos notícias sobre o debate existente entre ativistas, defensores dos animais e especialistas quanto à prática dos rodeios, trazendo à tona opiniões divergentes sobre o assunto. Muitos afirmam categoricamente que a prática configura claramente maus tratos aos animais. Por outro lado, alguns veterinários especialistas no assunto garantem que o esporte não causa danos aos animais e que é uma prática totalmente legalizada.

Em primeiro lugar, cabe ressaltar que os eventos de rodeios são devidamente regulamentados pelas Leis 10.519/02 e 10.520/02, com normas sobre o tratamento adequado dos animais. Além disso, os organizadores de rodeios seguem o Regulamento do Bem-Estar Animal em Competições, que lhes garante uma espécie de “selo verde”. Logo, quando tais eventos são realizados de forma correta, seguindo critérios técnicos, não há existência de sofrimento nos animais que protagonizam os rodeios. Apesar de todas as críticas e denúncias recorrentes sobre a criação, o transporte e o uso de animais em rodeios, não se comprovaram as hipóteses de maus tratos em várias ocasiões.

Os eventos nacionais e internacionais de rodeios, além de garantir alegria, emoção e lazer a milhares de pessoas que amam o esporte, movimentam muito a economia dos locais onde são realizados. O rodeio é hoje um esporte muito valorizado e sua realização envolve muitos setores da economia, promovendo um saldo positivo nos setores que trabalham direta ou indiretamente com essa prática. É por isso mesmo que os animais possuem dietas e cuidados de saúde diferenciados. Eles são tratados como atletas de alto nível, recebem atenção personalizada de saúde, alimentação e preparo físico. Tais cuidados envolvem suplementação vitamínica, controle zoológico e sanitário, com exames periódicos.

De qualquer forma, é preciso reforçar a fiscalização dos eventos e equipes de rodeios, para que todas as regras e normas impostas pelas legislações sejam cumpridas e para que, de fato, o bem-estar dos animais seja uma realidade. Todas as equipes de rodeio precisam ter veterinário responsável pelos animais com o fim de garantir que estão sendo atendidas as exigências legais. Enfim, se realizado corretamente, esse esporte não provoca danos aos animais. Ao contrário, gera renda, lazer e diversão. Além do mais, o fim dos rodeios não mudaria a situação desses animais para melhor, já que, quando um boi não vira um atleta em um rodeio, seu destino mais provável é ser degustado em um belo churrasco, tão logo tenha adquirido peso suficiente.

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on telegram
Telegram
Share on whatsapp
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Hoje na história de Congonhas

Em 10/01

10/01/1911 – Em um dia como esse a empresa A.

Hoje na história de Congonhas

Em 09/01/2009

Em um dia como esse falecia em Congonhas Paulo da

Hoje na história de Congonhas

Em 08/01…

08/01/1981 – Em um dia como esse o Instituto Estadual

@hiperteianoticias