Ana Clara Mendes da Cruz
Estudante do segundo ano do curso Técnico Integrado em Edificações do IFMG Campus Congonhas
Há 33 anos, vimos a consequência de um dos maiores desastres ambientais causados pelo derramamento de petróleo no planeta e que deveria nos levar à reflexão se o petróleo e fontes semelhantes devem continuar em uso. O ser humano realmente pensa no planeta ou só pensa naquilo que está prejudicando seu caminho agora?
As energias renováveis são pouco utilizadas em todo mundo, em boa parte por conta de serem de alto custo, necessitarem de uma maior especialização e desenvolvimento tecnológico. Não obstante, ao trocarmos o mais seguro e menos poluente pelo mais econômico, estamos destruindo um planeta e as futuras gerações que poderiam respirar um ar mais limpo e menos poluído. Tudo isso pela queima de combustíveis que agora alimenta indústrias, comércios e cidades.
A vida na Terra, por enquanto, está ótima e perfeitamente habitável, mas, se continuarmos no ritmo que estamos, a camada de ozônio que nos protege será completamente destruída pelos gases agora gerados na queima dos combustíveis fósseis e queimadas. É fato que a troca das fontes de energia levará algum tempo, porém ela é indispensável. Se começarmos a capacitação e conscientização dos jovens e crianças agora, talvez em alguns anos as perspectivas para o futuro podem ser um pouco melhores. São ações como essas que a Agenda 2030 da ONU busca dos seus países-membros. A redução da queima de combustíveis fosseis, a busca por novos meios de produção de energia menos poluentes, a construção de novas usinas eólicas e solares são só algumas das formas de reduzir o impacto da humanidade no planeta Terra que esse documento de diplomacia multilateral incentiva.
Outro fato a ser citado é que não só a queima de combustíveis é ruim, mas também o seu transporte e sua produção são extremamente perigosos ao meio ambiente. Desastres como os de Chernobyl, Exxon Valdez, entre outros, são a prova de que esse meio é danoso demais para continuar sendo usado. Danos ao meio ambiente por derramamento de petróleo e explosão de usinas deixam quilômetros de fauna mortos e inabitáveis. Mesmo assim, a humanidade insiste em “dar um jeito”, simplesmente realocando pessoas e fazendo reservas. Tais medidas não ajudam sequer a região que já foi destruída.
Portanto, é necessário que todos os envolvidos com o uso de energias não renováveis comecem uma mudança radical em seus métodos de produção. A redução do consumo dessas fontes maléficas também dependerá da conscientização e do engajamento da sociedade civil. Por fim, a implantação de novos conhecimentos e a criação de novos cursos profissionalizantes na área são uma forma de levar a um futuro melhor, com o papel decisivo da iniciativa privada e de nossos governantes. Em resumo, cabe a cada nação fazer a sua parte e a nós, cidadãos brasileiros, a reflexão sobre os meios e as consequências das nossas ações sobre o meio ambiente.