José Marques Dias, ou Jomadi, como assina suas obras e é conhecido entre as ladeiras de Congonhas, é um inquieto artista que ao longo de 40 anos de produção e estudos, desenvolveu uma apurada técnica em diferentes linguagens do desenho e da pintura. Fazendo um pequeno recorte de sua extensa trajetória, o Museu de Congonhas inaugura nesta quinta-feira, 28 de julho, a exposição “Metamorfoses”.
Organizada de forma cronológica, a exposição nos mostra toda a inquietação e versatilidade presentes na criação desse grande personagem das artes congonhenses e nos leva a entender como suas buscas foram importantes para o desenvolvimento de sua própria linguagem e assinatura.
“Durante muito tempo, quando me dediquei ao estudo do surrealismo e da técnica necessária para realizar esse tipo de pintura, meu espírito era outro. Após passar por diferentes gêneros e me abrir ao abstrato, passei a compreender a arte sem os ismos. Sem a necessidade de definir as coisas em estilos. O artista tem que se manter livre disso, para então, poder nadar em qualquer tipo de água”, conta Jomadi.
O Museu de Congonhas vem se consolidando ao longo de seus 6 anos de existência como grande centro cultural regional. Além de sua exposição permanente, dedicada à interpretação do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, busca manter em sua programação exposições de diferentes artistas de expressão nacional e até mesmo internacional. “Metamorfoses é um despertar do Museu de Congonhas para a arte produzida em nossa própria cidade. É importante que o congonhense se veja aqui e o sensacional trabalho de Jomadi, além de feito por uma pessoa que escolheu essas terras para viver, vem recheado de Congonhas”, afirma Lana Mércia, diretora presidente da Fumcult.