Opinião | Entenda por que se deve retornar às aulas presenciais em Congonhas

Por Vitória Flávia Oliveira Costa

Estudante do 2º ano do Curso Técnico Integrado em Mineração (IFMG-Congonhas)

É compreensível que possa haver dúvidas sobre esse assunto, mas é evidente que o seu regresso é seguro e que não pode mais ser adiado

Afinal, devemos ou não retornar às aulas presenciais em Congonhas? Essa pergunta ganhou destaque nos últimos meses, quando a prefeitura congonhense planejou a volta do ensino presencial em setembro de 2021. É compreensível que possa haver dúvidas sobre esse assunto, mas é evidente que o seu regresso é seguro e que não pode mais ser adiado, mesmo em cenário pandêmico. 

Em primeira análise, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública (Sinte), os professores só devem retornar ao trabalho presencial após todos tomarem a segunda dose da vacina contra a Covid-19, o que já é uma realidade na cidade, pois o setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Congonhas informou que a data para a aplicação da 2ª dose dos profissionais de educação do município ocorreu no dia 02 de setembro deste ano. Ou seja, todos os profissionais da educação já foram imunizados contra esse vírus. Além disso, os protocolos do programa Minas Consciente, do governo de Minas Gerais, já recomendaram que a microrregião avançasse para a onda verde – a menos restritiva e que permite o funcionamento de serviços não essenciais.

Ainda sobre a segurança, segundo uma revisão de evidências feita pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), com base principalmente em experiências nos Estados Unidos e na Europa, as escolas não são ambientes de supercontágio da Covid-19. Ademais, após análise dos dados pandêmicos em Congonhas, com a queda nas contaminações e o avanço da imunização, além dos protocolos do Comitê Extraordinário Covid-19, a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) mobilizou suas equipes multidisciplinares para a realização de estudos e tomada de ações que tragam segurança sanitária para o retorno presencial, de forma gradual.

Em segunda análise, um painel interdisciplinar da instituição britânica Royal Society afirmou que o tempo de aula perdido terá impacto na educação e nas habilidades dos alunos, que estarão menos preparados para o mercado de trabalho, podendo resultar em uma perda salarial de até 3% no futuro. Além disso, um estudo austríaco comunicou que a falta escolar provocou uma redução salarial ao longo de 40 anos em gerações que viveram durante a Segunda Guerra Mundial. Outrossim, estudos de organismos internacionais indicaram que o fechamento das escolas, por períodos longos, pode provocar consequências graves, como perda de aprendizagem e aumento do abandono escolar, dado que foi confirmado pela Unicef, pois expôs que, dos 44 milhões de crianças e adolescentes que passaram para o estudo online em 2020 no Brasil, 5,5 milhões abandonaram os estudos.

 Expostos esses dados, urge que os estudantes e profissionais da educação abandonem o ensino online e reestabeleçam as atividades de modo presencial, pois são evidentes os males e as consequências negativas que a oclusão das redes de ensino provocou não apenas para a geração atual dos discentes de Congonhas, como também para os próximos que virão.

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